Diário de bordo da Josephine - Lisboa - Póvoa de Varzim e regresso

Já mostrei imagens da minha aventura maior, mas estava ansioso por vos contar uma história à lareira. Pois, o Inverno vem aí, já apanhei as primeiras pingas de chuva que me fizeram sentir frio.
Andava inquieto demais para fazer a viagem, por várias razões. A aventura, mostrar ao meu neto a mota do Bu Tony, medir capacidades, minhas e da Josephine... Comecei na A1 até ao Carregado para fugir ao trânsito de Vila Franca de Xira, muitos camiões e filas. Do Carregado para a frente foi N1 e IC2. Primeira paragem na Espinheira, aos 60 km para esticar as pernas e tomar café, conversa com dois motociclistas (pai e filho) que iam para a concentração em Mangualde. Segui viagem até Fátima onde parei mais tempo para encher os depósitos, o meu e o da Josephine. Segui pela serra, estrada repletas de curvas e cheiros, sol e paisagens cativantes, até parar naquela casa dos hambúrgueres muito conhecida porque havia muita sombra no estacionamento. Parou ao meu lado um jovem muito bem educado numa BMW que mais parecia um avião de guerra. Desarmou-se todo e foi comer, mas nem olá disse! Meio litro de água, wc do McD e siga o caminho. Parei na Mealhada para mais um café numa praça. Era bonito mas estava fechado e arranquei sem o café! Fui tomar o café 40 km depois em Sernada do Vouga numa tasca de ebeira de estrada com muito mau aspecto com café a 1€ mas o dono gostou do brilho da mota e da ideia de ir de Lisboa nela e levou apenas 0.80 cêntimos
Nova etapa até ao Porto, parei num Lidl para ir ao wc e segui directamente até a Póvoa de Varzim, fui a casa dos pais porque a minha mãe estava preocupada com o maluco do filho que quase a chegar aos 60 anos aventura-se a raides enormes. O meu pai perguntou: Queres lanchar? Eram 16h00 e eu estava ávido por um copo de algo que não fosse água ou café Lá teve que ser uma saande de presunto e um copo de branco! Depois fui para casa e ao estacionar vi os 400 Km Chapados no mostrador do contador de Quilómetros.

Foi uma aventura, uma agradável aventura que há um ano atrás não estava nos meus planos.
Mas... tinha que voltar e foi mais agradável ainda!
Depois conto

Que maravilha ler as tuas palavras.
E a viagem um luxo por paragens bem bonitas, tirando a A1  [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

Fico a aguardar mais capítulos  [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

Boas curvas!

Como já disse, ao estacionar a mota depois da esperada aventura o contador marcava 400 KM. Andei ali uns dias que só dava uma volta ao quarteirão para a desfilar na avenida marginal e sentir o seu roncar. Mas procurei festa e havia uma concentração em Barcelos, quase Braga do Motoclube Xau Aí. Levei o meu irmão à pendura e lá fomos, fazia muito vento, aquela zona é demasiadamente ventosa, mas viagem foi feita pela estrada nacional com os cheiros de aldeia e deu para recordar locais que frequentava quando vivia no norte há cerca de 20 anos.
O meu irmão tem carta de mota e trabalhou com uma 350 quando era estafeta de uma empresa de construção, mas uma fatalidade lhe retirou a força do lado direito do corpo. Nunca tinha ido a uma concentração e ficou maravilhado com a quantidade de motas à sua volta, a camaradagem dos gajos das motas que estabelecem conversa como se nos conhecêssemos há anos. Depois veio o Byke Wash e uma das meninas, toda molhadinha, cheia de sabão, mesmo à frente do meu irmão meteu os melões a apanhar sol e convidou-o a entrar no show. Estava um membro do grupo organizador de mangueira na mão e o Paulo não se quis molhar!
Veio mais uma t-shirt dos Xau Aí, um patch para o colete e um autocolante para a colecção. O Paulo delirou e disse que no próximo ano quer lá voltar.
Visitei a sede dos Vikings Póvoa de Varzim, foi mais uma noite de convívio. Fui no domingo de manhã até ao Forte de S. João em Vila do Conde que funciona como encontro para café nos estabelecimentos dos arredores enquanto as máquinas ficam expostas.
Na noite antes de regressar a casa Houve o Póvoa Harley Days, o 2º ano que se realiza na Póvoa de Varzim, mas é um evento fechado aos inscritos. Vi as motas atrás das grades de protecção. Os dois motoclubes da cidade tinham uma barraca de cerveja na parte de trás do evento e como conheço grande parte deles, foi uma noite pesada
Consegui um patch das Harleys porque o homem da agencia de publicidade tinha andado de roda no ar com o meu irmão.
No dia seguinte era para sair às 7 horas mas sabe-se lá porquê, só saí às 9h30
A viagem de regresso conto depois
Boas curvas.

Ah pois é... falta relatar o regresso a Lisboa!
Quando uma vez perguntei se nos juntávamos para ir a qualquer encontro, o Antonionoronhamelo sugeriu que fosse a Coimbra ao encontro do Superlight Clube Portugal e achei uma ideia interessante, encontrar muitas pessoas com motas iguais à minha e fiquei a pensar. Disse que passaria por lá no regresso a casa e fiz o possível por cumprir.
Saí de casa já tarde por ter ido para a night do Póvoa Harley Days e 3 kms depois de arrancar comecei a sentir umas pingas. Ai o caraças, não vesti as calças plásticas! Vila do Conde, Porto pela A28 e a chuva a molhar as pernas, o que me fez sentir algum frio. Saí para a nacional e rumei a Espinho para a primeira paragem e wc. No meio daquele labirinto de ruas com números como é aquela terra encontrei o que pensei ser um café, entrei e pedi um café. Era uma casa de chá chique e paguei 1,20€ por uma aguadilha. Voltei a montar a Josephine agora que a chuva tinha parado. Mal recomeço veio a chuva de novo! Não me acompanhou durante muito tempo!
Rumei à A1 para chegar mais rápido a Coimbra e parei na área de serviço de Antuâ para ouvir os passarinhos na casa de banho zen [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem] Arranquei pela A1 para uma jornada de 80 kms até Vila Pouca do Campo em Coimbra. Quando lá cheguei não vi motas, cruzei-me com um funeral. Andei às voltas e acabei por perguntar, lá encontrei o recinto com um cheirinho a comida que me fez perguntar o que era o tacho! Rancho! A malta tinha ido fazer o passeio até Santa Clara, entretanto voltaram e já o almoço foi animado, parecia que já os conhecia há anos! Bebi apenas um copo de cerveja e não repeti o rancho porque não gosto de fazer viagens de barriga cheia, mas a vontade era repetir! Café e despedidas, quando um companheiro me pergunta se não quero ficar e regressar a Lisboa no dia seguinte acompanhado?
Perguntar ao cego se quer ver!
Trazia nas malas da Josephine os lençóis da casa de férias e a toalha de banho para lavar em Lisboa... fiquei e não me arrependi!
O jantar também foi bom, a cerveja já rolava com mais fluidez porque não ia conduzir, assisti ao concerto dos Singles, ao espectacular DJ Kota, um jantar muito bom e uma noite cheia de amizade motard... até conheci o Diabo! Só não estava lá o Antonionoronhamelo!
No dia seguinte fui presenteado com um belíssimo pequeno almoço, uns abraços e rumamos a Lisboa. Parámos apenas na Batalha para o wc com medo de apanharmos um chuveiro, conseguimos fugir à chuva, já estava em casa quendo caiu um dilúvio!
O convite aqui no forum fez-me pensar que havia conexão entre este grupo e o outro, depois percebi que o denominador comum é a marca das motas. Como sou Lobo Solitário e não pertenço de papel a grupo algum, gosto de ser amigo de todos!
Vou estar atento para o próximo ano à data do encontro do Superlight Clube Portugal na secção de Coimbra para rever aquela malta porreira!
Boas Curvas!

Estes relatos deixam-me sempre de água da boca. 
Isso é que foi um regresso em beleza.
A mim parece-me ser mais o relato de um Lobo Multi-Alcateia do que solitário.


Abraço e boas curvas.

Tens razão Vic, usaste a expressão que eu não tinha encontrado!
Abraço Boas curvas[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
Tantos a uivar