Diário de bordo da Josephine - Aniversário da Lisbon Motorcycles

Neste tempo de Verão são inúmeros os convites para encontros, caracoladas e moto-churrascos de grupos e moto clubes. Não posso ir a todos! Para além de não poder gastar muito, trabalho aos fins de semana para encher o depósito. Tento ir a uma "festa" uma vez por mês, mas nem sempre é possível.
Sou um "Lobo Solitário", muito pouco solitário. Não quero o compromisso de ostentar um só emblema, mas quando vou a eventos tento trazer o emblema dos organizadores para marcar a minha história no colete. Sim, claro que qualquer dia não tenho espaço, não porque tenha muitas saídas, mas porque tenho alma de colecionador. Já agora um aparte das coleções. Quando era miúdo só consegui encher uma caderneta, a do Motorismo, sobre motas!
Recebi o convite do Grupo Motard "Pára-Quedistas Boinas Verdes" para ir com eles ao 15º aniversário da Lisbon Motorcycles, oficina e venda especializada na Harley Davidson. Iniciei a jornada sozinho e encontrámo-nos uns metros antes do local do evento para entrarmos juntos. Sinto um certo "prestígio" em rolar com os veteranos da Boina Verde (como a minha) e vejo os olhares quando chegamos a um evento! Umas Harleys, uma Touring e a Keeway Superlight toda vaidosa entre as primas ricas. Aqui há tempos fiz uma brincadeira mas houve quem não gostasse e me tenha chamado "fascista" e outras coisas, mas arrisco a escrever aqui. "A minha Harley Davidson Trans nasceu Keeway mas assume-se Harley!"
Passámos uma bela tarde entre porco no espeto, salgadinhos, cerveja, boa música pela banda Os Cardosos, lavagem de mota sensual e... Voltei para casa feliz por mais uma "festinha" muito agradável, por ter conhecido mais um punhado de motards
Agora espera-me uma longa jornada sozinho, mais ou menos 6 horas de viagem, hummm
Boas curvas!

Mais um bom relato, como sempre.

No meu caso, recuso-me sempre a fazer qualquer comparação da Superlight com qualquer outra mota, nem que sejam de ouro.
É uma Keeway Superlight e com muito orgulho!
Já no caso da Keeway Landcruiser 250cc que tive, não achei que a mesma tivesse essa mesma identidade e dadas as semelhanças estéticas com a HD Fatboy, motor em V, era inevitável olhar para ela e associá-la às ditas Harley's.
Mas na Superlight nunca consegui dissociá-la dela própria.

O meu dorsal tem a imagem do meu avatar, tenho sido, sou e provavelmente sempre serei um "Free Rider", pois não me identifico com motoclubes, grupos motard, o que queiram chamar. Gosto de me sentir livre de aparecer onde me apetecer sem ser olhado da forma X ou Y, não ter de pagar quotas, nem ter de entrar nas polémicas decisões de direção desses associativismos.
Foi por isso que criei o Keeway Riders Portugal, um espaço para se falar das nossas máquinas, independente de qualquer grupo de que cada um faça parte.

Viagem de 6 horas... quase que me arriscava a dar o palpite de que vais descer...
Boa viagem!

Viagem de 6 horas... quase que me arriscava a dar o palpite de que vais descer...
Boa viagem! [/quote]

Vou de Lisboa à Póvoa de Varzim, são 360 km e pela nacional prevê-se 6 horas que eu não me importo nada se forem mais. Tive uma experiência de 150 km pela autoestrada e não gostei!
No dia que tenho marcado o regresso acontece o Encontro Superlight em Coimbra, acho que estou com sorte, posso parar lá a meio do caminho.

Boas Curvas

Trabalhar ao sábado duas vezes por mês corta a possibilidade de estar presente em certos encontros. É certo que não podemos ir a todos, mas este era importante porque foi o primeiro Grupo Motard que visitei quando ainda era um desconhecido proprietário de uma Superlight.
Já que tenho a moto para me deslocar no dia a dia, queria ser "como eles"
Fui antes do tempo e a minha cabeça devia parecer um farol, a olhar para tudo com sorriso tímido de ignorante. Tenho no pulso esquerdo uma pulseira de aço a imitar uma corrente de moto que comprei nesse dia. Andei a sonhar com encontros depois dessa primícia.
A minha pendura é colaborante, embora não queira ir para esse ambiente e recordou-me que se começava ao meio dia, eu podia almoçar lá, ir trabalhar (porque é perto, em Queluz) e voltar ao fim do dia. Fui trabalhar de colete, mas antes passei na festa, cumprimentei amigos e fiz mais um amigo. Marchou uma bifana e uma cola porque não bebo álcool em dia de trabalho. Fui trabalhar contrariado mas no fim, vesti o colete e rumei aos Bombeiros de Queluz para o final. Cheguei à hora em que a banda começou a actuação, boa música e bem executada. Mais uns abraços, uma entremeada e aquele líquido amarelo bastante diurético. Comprei o patch dos West Riders Portugal e mais um que a Carla tinha lá a vender e que eu andava a namorar nos sites chineses de venda online. Lá vai o colete para a costureira de novo
Passei as horas do trabalho com a cabeça no encontro por saber que no final voltava lá. Agora guardo-me para quando puder ser... Talvez em Coimbra, quem sabe!
Boas Curvas  [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

Quem todos os dias monta a sua moto para se deslocar para o trabalho e tem percurso citadino, sabe o que é encontrar filas e desembaraçar-se pelo corredor entre os carros. Vinha no IC19 e por causa de acidente criou-se uma fila. Nós que andamos em duas rodas temos a vida facilitada porque o nosso veículo por vezes passa entre os carros. Mas há situações em que os automobilistas fazem birrinha e encostam à esquerda para impedir a passagem.
Não passo, também não passas!
Tive a sorte de alguns carros se encostarem à direita para eu passar e devolvi a gentileza esticando a perna direita em sinal de agradecimento. Talvez nem todos tenham percebido, mas creio que alguns depois de entenderem que há motociclistas educados, voltarão a facilitar-nos a passagem.
Tudo isto é muito bonito, mas já passei por ser mais um arruaceiro dos que partem espelhos laterais aos carros. Muitas pessoas julgam o todo pela parte e não é justo!
Boas curvas!

Tony Pinheiro escreveu:Quem todos os dias monta a sua moto para se deslocar para o trabalho e tem percurso citadino, sabe o que é encontrar filas e desembaraçar-se pelo corredor entre os carros. Vinha no IC19 e por causa de acidente criou-se uma fila. Nós que andamos em duas rodas temos a vida facilitada porque o nosso veículo por vezes passa entre os carros. Mas há situações em que os automobilistas fazem birrinha e encostam à esquerda para impedir a passagem.
Não passo, também não passas!
Tive a sorte de alguns carros se encostarem à direita para eu passar e devolvi a gentileza esticando a perna direita em sinal de agradecimento. Talvez nem todos tenham percebido, mas creio que alguns depois de entenderem que há motociclistas educados, voltarão a facilitar-nos a passagem.
Tudo isto é muito bonito, mas já passei por ser mais um arruaceiro dos que partem espelhos laterais aos carros. Muitas pessoas julgam o todo pela parte e não é justo!
Boas curvas!

E a esticar a perna para o lado do carro, se calhar habilitas-te a que te chamem disso mesmo.
Muito pouca gente de enlatado sabe o significado do levantar da perna, entendendo-o mais como um "chega pra lá", por isso abstenho-me de o fazer.

Tens razão.