Diário de Bordo - Venom

Como prometido, estou agora na minha folga e com tempo para começar o DB da minha moto que até agora me está a encher os olhos.
Tornei-me desde dia 12 deste mês um feliz proprietário de uma SL125. Fui busca-la à Rame Moto, que foram sempre bastante prestáveis e embora tenha tido problemas com a assinatura da Cofidis, que fez com que tivesse de ir à loja umas três vezes, sempre se mostraram bastante compreensivos e tentaram acelerar o processo o máximo possível. No final ainda me ofereceram um cadeado de roda, pelas deslocações que fiz, o que achei bastante atencioso da parte deles.
Ainda assim, ficaram de me dar o capacete que vinha de oferta, pois não tinham nenhum de momento e tinham de encomendar, e vim a descobrir que o molho de chaves que deveria vir na moto não estava na mesma, depois de abrir aquela tampa plástica que dá acesso ao filtro. Do capacete já sabem, pois já está encomendado, mas das chaves irei falar quando for buscar o capacete, a ver o que me dizem. À parte disso, penso que escolhi a melhor concessionária para comprar a moto, pois sempre se mostraram prestáveis. Claro que para vender toda a gente sorri, mas penso que o pós-venda também irá ser uma experiência agradável, pois sempre vos ouvi a falar bem daquela concessionária.

Escolhi o modelo clássico, pois considero o modelo mate uma moda passageira, embora a ache extremamente bonita também.
Além disso, ficou bem mais em conta:
- Vem com protecção de motor / pernas;
- Vem com viseira;
- Os alforges são melhores (na minha opinião);
- Tem uns cromados lindos e um metalizado que fica sempre bem e que resiste melhor às intempéries do tempo;
- Fica 200€ mais barato que o modelo EXT que só trás alforges e encosto do pendura, o que, mesmo que eu compre um encosto para a minha na loja, ainda a deixa 100€ mais barata e com o dobro dos extras.

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Agora com 360km feitos, posso dizer que já tenho o bichinho das duas rodas bem enraizado dentro de mim,embora os primeiros km tenham sido uma tortura.  
Sempre tive carro e embora esta moto seja uma excelente motorizada para primeira experiência, senti na pele o que é ser um retardado ao volante.

Deixei a moto ir a baixo mais vezes do que aquelas que consigo contar (ainda hoje vou deixando de quando em vez), fazia arranques com rotações altíssimas que até me arrepiavam a alma e a condução era cheia de solavancos. Passados 300km posso dizer que, embora não seja nenhum Valentino Rossi, já consigo me sentir mais seguro em cima de duas rodas, assim como também consigo sentir que sou um condutor mais seguro para os outros que me rodeiam, o que considero bem mais importante.
Descobri também o primeiro "tique" que aquela moto tem, à conta dessas brincadeiras de deixar a moto ir a baixo. Aparentemente se a deixar ir a baixo muitas vezes, a mesma recusa a pegar depois. Tentei de tudo. Desligar a chave e ligar, carregar no corta corrente e voltar a colocar normal, descer e subir o descanso lateral, reset à centralina, dar umas aceleradas valentes enquanto tentava ligar.... Nada resultava. MAAASSS... Aparentemente, se eu mexer no punho do acelerador uns milímetros enquanto carrego no Start, a mesma pega. Não pode ser muito, apenas um aconchego. Vá-se lá saber porquê

Visto isso, tem sido uma surpresa boa, conduzir uma moto. O cumprimento motard existe e utiliza-se, as pessoas param e ajudam (fiquei parado à saída da Rame Moto por causa da brincadeira do não querer ligar e tive logo a ajuda de um amigo que conduzia uma SL também).
Conduzir tornou-se também um momento de prazer pelo qual anseio durante todo o dia. Sentir o vento no corpo e poder apreciar melhor o que me rodeia mostrou ser bastante tranquilizador e a viagem, mesmo numa velocidade menor do que a de um carro (o que nem sempre é verdade, pois um carro também tem as suas limitações numa cidade ou no trânsito), tornou-se uma viagem mais "ligeira", com menos paragens, a uma velocidade constante e divertida.

Tenho tido apenas uns problemas com o vento, mas pelo que ando a ler por cá, ver o ar dos pneus ajuda e eu realmente ainda não fiz nada disso. Nem me passava pela cabeça, sequer!
Quanto aos Cordial, sinceramente pensei serem piores. Até agora nunca me fugiram, mas tenho noção que me custa curvar com eles (ou então sou eu que não estou habituado ainda, não sei).
Quando chegar a chuva vou trocar por uns melhores, ainda assim.

Quanto ao resto, perdas de velocidade, soluços, diabos a sete que se costuma ler aqui e acolá, nunca tive. A única coisa que me aconteceu foi ir parar ao neutro em andamento, e foi apenas uma vez. De resto, ou sou muito bruto a meter mudanças, ou então está tudo bem  
Tive apenas umas dúvidas de principiante (andava a ouvir fantasmas lol ), mas que já foram resolvidos na página do Facebook.

E pronto, este é o começo da minha aventura como motociclista responsável (heheh).  
Agradeço qualquer truque ou dica que me possam dar, claro!

Se não tiver nada mais divertido para contar, voltarei a dar nova entrada no DB assim que fizer a rodagem.

Cumprimentos,
RDRC.

Luís Lourenço escreveu: Pensa bem se queres mesmo esse capacete ou se seria mais benéfico para ti negociar o valor dele noutra coisa, por ex o tal encosto para pendura. Esses capacetes não são grande coisa.

Não é para mim o capacete. O suposto é ele ficar para a minha namorada, para darmos uns passeios, pois eu tenho um integral que me dá mais segurança nas voltas do dia-a-dia. Ainda assim, estou a considerar vender o MT mal o receba e comprar um integral também para ela. Na Rame Moto não me deixam negociar o valor.

SL125 escreveu: Quanto à versão mate ser uma moda... não me parece, creio que será mais uma tendência que vai marcar uma outra geração de motas, assim como aconteceu com os depósitos bicolores de outra época.

Atenção: Antes de virem com tochas e forquilhas para a frente da minha casa, deixem-me explicar o que quis dizer com "moda passageira":

Quando eu disse que considerava o mate uma moda passageira, disse no sentido dos meus gostos pessoais, apenas! Considero apenas que, embora goste dela, iria, com o passar do tempo, começar a pensar que o cromado era mais bonito. A minha ideia inicial era comprar a EXT, até! Eu não desgosto delas, pelo contrário. Mas sei que se a comprasse iria acabar por olhar para trás e pensar que deveria ter comprado a cromada.

E pronto, não quis dizer que era mau gosto, até porque ela é muito linda! Apenas quis dizer que seria um erro se eu a escolhesse.

Por falar em cromados, hoje, passado quase uma semana de a ter, decidi lhe dar uma limpeza. Não é que ela estivesse suja, mas aproveitei a folga para ver como era tratar dela, o tempo que demorava a fazê-lo e aquilo que precisava para o fazer.
Como tal, aproveitei uma dica que o Master 6680 tem em um dos seus vídeos, que é basicamente usar Pronto Multi superfícies

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Resulta! A moto fica brilhante, bem tratada, a sujidade sai facilmente e protege os cromados. Pulverizei toda a moto com o produto, deixei repousar enquanto limpava a viseira com um limpa vidros que usava no carro. Depois de repousar, passei com um micro fibras por toda a moto e no final voltei a passar com um pano de camurça para lhe puxar o brilho. Ficou fenomenal! Comprei um anti-embaciante para colocar na viseira do capacete também, mas esse não funciona, infelizmente.

Enquanto limpava a moto, reparei que uma das soldas da protecção de motor / pernas está cheia de ferrugem. A garantia cobre isso? Se não cobrir, como posso eu tratar daquilo?

Não tirei fotos à mesma, mas se necessário posso tirar fotos à ferrugem e colocar aqui amanhã, para posterior debate.

Boas curvas!
RDRC.